Lombarização e Sacralização – Compreenda os Sintomas e o Tratamento
As malformações da base da coluna são muito comuns, com variações muito numerosas para serem descritas. Essas anomalias estruturais influenciam sutilmente a função de fluxo livre da coluna como um todo. Os dois principais distúrbios congênitos são: lombarização e sacralização.
Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre lombarização e sacralização, seus sintomas, complicações e formas de tratamento.
Em que Consistem Lombarização e Sacralização
No esqueleto humano ‘moderno’ o sacro é uma massa óssea sólida de 5 vértebras fundidas na parte de trás da pelve sobre a qual a coluna ereta se assenta. No entanto, em formas evolutivas anteriores, os segmentos do sacro não foram fundidos. Eles eram livres para se mover – como um rabo – e participavam como uma extensão da coluna na atividade normal.
A lombarização é onde o segmento superior do sacro não está fundido. Em vez disso, é livre para se mover e participa, juntamente com as vértebras lombares vizinhas, da atividade espinhal.
A sacralização é frequentemente descrita como ter uma vértebra a menos porque o segmento lombar inferior (L5) é fundido à pelve. Ele pode ser fundido ao sacro abaixo, ou ao ílio ao lado (os grandes ossos em forma de orelha da pelve) ou ambos.
Com a sacralização ao sacro, a vértebra pode estar solidamente fundida ou pode haver um leve grau de movimento pela presença de um vestígio de disco intervertebral.
A vértebra também pode não ser totalmente fundida. Pode ser fundida de um lado, mas não do outro. Sua participação com o movimento da coluna vertebral de um lado só contribui para um movimento muito instável. Onde a tensão se instala, haverá dor, geralmente na parte superior da coluna.
É bem possível chegar a uma idade já avançada sem saber que você tem uma vértebra sacralizada. Os problemas só podem vir à tona quando os níveis de condicionamento físico diminuem, principalmente a força dos músculos abdominais.
Sintomas
A lombarização e a sacralização podem ou não causar dor nas costas e alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma. Quando resulta em dor, geralmente é na região lombar, juntamente com dor ciática. Outros sintomas de lombarização e sacralização incluem:
- Dor lombar junto com dor nas nádegas;
- Flexão ipsilateral limitada (mesmo lado do corpo);
- Mobilidade reduzida;
- Espasmos musculares;
- Diminuição da coordenação e flexibilidade;
- Padrões de dor ciática ou radicular;
- Dor crônica nas costas em adolescentes.
Complicações
Sempre se assumiu que a sacralização e a lombarização não são clinicamente importantes, mas isso pode não ser o caso. De um modo geral, ambas podem causar problemas.
De um modo geral, uma vértebra parcialmente sacralizada (com algum grau de movimento) é mais propensa a desenvolver sintomas, enquanto uma vértebra totalmente sacralizada (totalmente fundida) geralmente é indolor, mas causa sintomas nas vértebras e articulações próximas.
Tratamento
Estudos comprovam que os tratamentos não invasivos para lombarização e sacralização são muito eficazes no controle dos sintomas dessa condição.
Os protocolos de tratamento para lombarização e sacralização concentram-se no fortalecimento e manutenção dos músculos do assoalho pélvico para aumentar a mobilidade e a flexibilidade.
O tratamento também deve envolver exercícios de fortalecimento dos músculos da frente e de trás da coluna.
Os músculos intrínsecos da coluna vertebral (multifidus) devem ser reeducados para reforçar a força de flexão da vértebra L4. Ao mesmo tempo, músculos abdominais mais fortes ajudam a criar uma parede de retenção mais forte na frente.
Ignorar a lombarização ou sacralização pode levar a má postura, músculos enfraquecidos e sérios problemas nas costas. Visite um médico cirurgião de coluna para um diagnóstico definitivo e plano de tratamento.