Escolioses Especiais – Conheça os Tipos e Classificações da Escoliose

Escolioses especiais consistem em casos específicos de Escoliose, que é uma condição caracterizada por uma curvatura lateral anormal da coluna vertebral.

A Escoliose pode ocorrer em diversas formas e gravidades, e as Escolioses especiais são aquelas que apresentam características particulares ou estão associadas a certas condições ou síndromes.

Continue a leitura deste artigo para compreender em que consiste o termo “Escolioses Especiais” e quais são os tipos e classificações da escoliose.

Quais São as Escolioses Especiais?

A Escoliose é uma deformidade da coluna vertebral que consiste em curvatura lateral e rotação das vértebras. As causas da Escoliose variam e são classificadas amplamente como:

Escoliose Neuromuscular

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Ocorre como resultado de condições neuromusculares, como:

  • Paralisia cerebral,
  • Distrofia muscular,
  • Espinha bífida,
  • Lesões na medula espinhal.

A fraqueza ou o desequilíbrio muscular nesses casos pode levar à curvatura da coluna vertebral.

Escoliose Congênita

É uma condição em que a coluna vertebral se desenvolve de forma anormal durante a gestação. Ocorre em apenas 1 em cada 10.000 recém-nascidos e é muito menos comum do que o tipo de Escoliose que começa na adolescência.

Crianças com Escoliose congênita às vezes têm outros problemas de saúde, como problemas renais ou da bexiga.

Embora a Escoliose congênita esteja presente no nascimento, às vezes é impossível ver qualquer problema de coluna até que a criança atinja a adolescência.

Escoliose Idiopática do Adolescente

O tipo mais comum de Escoliose que ocorre durante a adolescência, sem uma causa clara identificável. A Escoliose idiopática do adolescente não é considerada uma Escoliose especial, mas é importante mencioná-la para fins de comparação.

Aproximadamente 30% dos pacientes com EIA têm algum histórico familiar de Escoliose e, portanto, parece haver uma conexão genética.

Escoliose Associada a Síndromes Genéticas

Algumas síndromes genéticas podem estar associadas ao desenvolvimento de Escoliose. Podemos destacar as seguintes:

  • Síndrome de Marfan,
  • Síndrome de Down,
  • Síndrome de Prader-Willi.

O reconhecimento de influências genéticas na Escoliose está bem documentado. Formas familiares foram descritas já em 1922.

Dado que os fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento de Escoliose, a herança autossômica dominante foi sugerida a partir da avaliação de pequenas famílias. No entanto, um modelo de herança multifatorial envolvendo vários genes, interagindo com fatores ambientais desconhecidos é o consenso entre a comunidade médica.

Na realidade, embora possam existir famílias com herança dominante, a Escoliose geralmente é uma doença genética “complexa” que não é facilmente explicada pelos modelos de herança existentes.

Classificação da Escoliose

A Escoliose tem muitas classificações e uma delas é de acordo com as causas. Um breve diagnóstico diferencial está listado no esboço abaixo:

  • Escoliose não estrutural
    • Escoliose postural
    • Escoliose compensatória
  • Escoliose estrutural transitória
    • Escoliose ciática
    • Escoliose inflamatória
  • Escoliose estrutural
    • idiopática (70 – 80% de todos os casos)
    • congênito
    • neuromuscular
      • poliomielite
      • paralisia cerebral
      • siringomielia
      • distrofia muscular
      • amiotonia congênita
      • ataxia de Friedreich
    • neurofibromatose
    • distúrbios mesenquimais
      • Síndrome de Marfan
      • Síndrome de Morquio
      • artrite reumatoide
      • osteogênese imperfeita
      • certos anões
    • trauma
      • fraturas
      • irradiação
      • cirurgia

Diagnóstico e Tratamento

Para diagnosticar a escoliose, o médico fará um histórico clínico detalhado, seguido de um exame físico, em busca de deformidades na coluna. Exames neurológicos e de imagem também poderão ser solicitados.

As curvaturas nos estágios iniciais da doença geralmente são invisíveis a um olhar leigo, exceto quando o indivíduo curva o tronco para a frente e a assimetria entre os dois lados da coluna vertebral torna-se evidente. Por isso, é importante manter em dia os exames de rotina solicitados pelo seu médico, a fim de diagnosticar precocemente qualquer deformidade na coluna – especialmente porque, na maioria dos casos, elas são assintomáticas.

É importante ressaltar que o diagnóstico e tratamento da Escoliose, incluindo as Escolioses especiais, devem ser realizados por profissionais de saúde especializados, como ortopedistas e fisioterapeutas.

O tratamento pode variar dependendo da gravidade e das necessidades individuais de cada paciente, podendo incluir acompanhamento regular, fisioterapia, uso de órteses ou, em casos mais graves, cirurgia corretiva da coluna vertebral.

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